Este trabalho discute a questão do narrador e da narrativa, tomando como pontos básicos para reflexão os romances A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman Lins, e A gloriosa família - o tempo dos flamengos do angolano Pepetela. Com o apoio teórico de Walter Benjamim, Adorno e Silviano Santiago, dentre outros, procuramos analisar aspectos relevantes das duas narrativas, tais como as diferentes vozes que ali se expressam, a estrutura semovente das tramas e personagens, estabelecendo - tanto quanto possível- uma comparação entre os dois romances, as posições dos seus narradores e a estrutura narrativa adotada.