Textos em periódicos

Cadernos CESPUC de Pesquisa, 6/2001, n. 8

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Articulando a inter-relação emre a Recife de Maria de França e a Recife da invasão holandesa, este trabalho analisa como a referência é retratada em A rainha dos cárceres da Grécia de Osman Lins.

Este trabalho discute a questão do narrador e da narrativa, tomando como pontos básicos para reflexão os romances A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman Lins, e A gloriosa família - o tempo dos flamen­gos do angolano Pepetela. Com o apoio teórico de Walter Benjamim, Adorno e Silviano Santiago, dentre outros, procuramos analisar aspec­tos relevantes das duas narrativas, tais como as diferentes vozes que ali se expressam, a estrutura semovente das tramas e personagens, estabele­cendo - tanto quanto possível- uma comparação entre os dois roman­ces, as posições dos seus narradores e a estrutura narrativa adotada.

"O teatro de Osman Lins" trata do novo e diverso no fazer literário, mediante o acompanhamento dos seguintes aspectos na obra do escri­tor: a desmontagem de "realidades" e "cárceres" proponentes de uma nova carpintaria-cênica; a criatividade formal que se manifesta pela trans­gressão às formas clássicas do texto teatral; a experimentação bem con­duzida que sugere a criação renovadora de seu teatro.

Este trabalho pretende demonstrar como Osman Lins, usando o disfar­ce de um narrador-autor em A rainha dos cárceres da Grécia, analisa e discute os atos de leitura e criação de textos; a luta com as palavras e a luta no mundo; a solidão do escritor; a resistência contra a tirania e a opressão; a loucura de viver e escrever no mundo real. Como muitos outros trabalhos do autor, este não é um livro de certezas, mas um texto de resistência, de questionamentos e descobertas que desafiam o leitor e o fazem pensar.

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