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Sobre: Lisbela e o prisioneiro

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Análise comparativa de Lisbela e o prisioneiro, peça de Osman Lins (1961) cujo objetivo é focar a transmutação da narrativa dramática para a linguagem cinematográfica. Está é a problematização central tomada como eixo de referência para o estudo comparativo do romance e sua adaptação no cinema, enfatizando como a linguagem cinematográfica e seus recursos próprios podem dialogar e recriar, preservando não só a intencionalidade, mas também o espírito do texto de partida, permitindo com isso possibilidades de novas leituras semióticas.

Este artigo tem como objetivo demonstrar elementos de carnavalização na peça Lisbela e o Prisioneiro (2003), de Osman Lins. Por meio de um tom cômico, o autor brinca com as convenções sociais estabelecidas, renovando-as no enredo, evidenciando assim, um “mundo às avessas”, mais tolerante, enraizado nas expressões populares. Diante dessas características, na busca por ampliar as interpretações da obra, o texto foi lido à luz do conceito da carnavalização na literatura (BAKHTIN, 1999). A partir disso, foi possível perceber que Lins se apropria da atmosfera democrática da festa popular e cria um ambiente, no qual os mais fracos têm voz e poder de decisão para renovar os valores e verdades oficiais. Nesse universo ficcional carnavalizado construído pelo autor, a dura, chata e séria realidade cheia de regras impostas pelos tipos ficcionais mais fortes foram neutralizadas, ou melhor, o medo de punição foi abolido e, com isso, todo desejo de liberdade dos personagens oprimidos pode se concretizar nessa segunda vida mais risonha e libertária, proporcionada pelos elementos de carnavalização presentes no texto. Dessa forma, o resultado aqui divulgado aprofunda a fortuna crítica do autor e contribui com o campo dos estudos literários.

O presente trabalho tem por objetivo analisar a transmutação da peça Lisbela e o prisioneiro, de Osman Lins, para a linguagem cinematográfica, quarenta e dois anos passados de sua primeira encenação teatral. Por meio dos estudos sobre intertextualidade, intermidialidade e adaptação, enfatiza-se como o cinema e seus recursos próprios podem interferir na literatura, preservando não só a intencionalidade e as características do texto de partida, mas também trazendo possibilidades de novas leituras semióticas. Já a contribuição inovadora do roteiro adaptado busca na metaficção um meio para tornar o filme um sucesso de público, provocando diferentes sensações nos espectadores, mas, acima de tudo, instigando relações inteligentes entre ficção e realidade.

Este estudo analisa um conjunto de traduções para a língua inglesa de algumas marcas culturais presentes no filme Lisbela e o Prisioneiro - fortemente carregado pelas peculiaridades linguísticas da região nordestina brasileira -, identificando as modalidades de tradução utilizadas. Nesse percurso, pode-se evidenciar a perda dessas marcas e concluir que as limitações da legendagem, de fato, impedem uma transposição satisfatória. Por outro lado, também se podem identificar traduções criativas e coerentes, servindo assim de fonte válida de consulta para trabalhos futuros de tradução que se deparem com dificuldades dessa natureza.

Este artigo pretende identificar quais as variações linguísticas presentes no filme Lisbela e o Prisioneiro (2003), que se passa no Nordeste. Para isso, selecionamos cinco diálogos dessa obra cinematográfica, para analisar as variações linguísticas contidas em cada fragmento dos discursos dos personagens, focando nas suas falas; bem como verificar quais são os fatores sociais que condicionaram tais modificações e averiguar o preconceito linguístico decorrente delas. Dessa forma, refletiremos, no âmbito linguístico, sobre particularidades da linguagem como regionalismos, pronúncia, gírias, dentre outras. Também utilizaremos a teoria da variação, que adota a coexistência de variantes presentes no meio social, analisando também a probabilidade com que essas variantes aparecem, destacando as principais delas.

O presente artigo analisa a peça Lisbela e o prisioneiro (1960), de Osman Lins, e o filme homônimo (BRA, 2003), de Guel Arraes. O objetivo é demonstrar de que modo o texto literário, mais de 40 anos depois, apresenta questões pertinentes à sociedade do século XXI. Por meio de pesquisa bibliográfica e de análises comparativas entre a peça e a adaptação fílmica, o estudo destaca o perfil do personagem feminino, a associação entre as artes, a metalinguagem e, principalmente, o regionalismo, que, no filme, serve de instrumento para enfatizar a brasilidade no contexto global. Tais características respondem à heterogeneidade motivada pela globalização e correspondem aos conceitos de empoderamento feminino, multiplicidade e relação interartes, que delineam o perfil da sociedade contemporânea.

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