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Autor: Cacio José Ferreira

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En esta conferencia discutiré las posibilidades de análisis de la obra O fiel e a pedra, de Osman Lins, poniendo de relieve el tempo y el espacio por medio de fragmentos de la memoria de los personajes Bernardo e Teresa a partir del regreso al pretérito como vestigios imprescindibles para la creación y arquitectura peculiar de la narrativa que, por otra parte, presentan en la representación simbólica del semiárido y retroceso en el tiempo y en el espacio para pensar la posibilidad de solución de pendencias futuras. No se trata de especular posibles influencias de la obra brasileña en el campo de la memoria, sino comprender las argumentaciones y recurrencias al pasado de Bernardo y Teresa como forma de llegar a un camino diferente. De este modo, el análisis del engendro literario de la obra permite comprender en los juegos textuales del autor en la ingeniosa creación de tiempo y espacio, elaborados a través de fragmentos rápidos en la tortuosa travesía de la preteridad de los personajes reflexionando, asimismo, la creación futura, el reflejo social de sus épocas, la palabra y las impresiones de la memoria. Por tanto, los lazos simbólicos por medio de la recuperación de la imagen, del uso del tiempo y del espacio, mediados por el “recuerdo” serán investigados como procesos de creación que posibilitan al sujeto proezas y conservación de la existencia en un mundo transcurrido.

Este artigo trata de algumas considerações sobre o refúgio da memória do indivíduo, reduzido e isolado no seu próprio contexto e de fragmentos rápidos que se assemelham à construção de um mundo completo. A tentativa de incorporar o lugar estranho, a partir de distorções simbólicas e da reconstituição de lembranças, se apresenta como indícios necessários para a criação e a arquitetura de um mundo fugidio. A rede tecida nas narrativas de La Paz existe? e 1Q84 buscam entender a realidade criada a partir da junção de fragmentos e imagens de tempos distintos. Nessa perspectiva, o relato de viagem de Osman Lins e Julieta de Godoy e do romance de Haruki Murakami sustentam o movimento da lembrança que distorce o sentido de espaço consolidado no senso comum. Da mesma forma, a imperfeição espacial pode trazer à baila a modificação da realidade, a alteração de si e do ser sem causar modificação da essência. Assim, o trabalho em questão comparará as representações edificadas nas narrativas para a construção da vida satisfatória do indivíduo deslocado no espaço e tempo, que busca sentido e agregação de valor à sua origem, criando representações cristalizadas no tempo da memória.

O presente artigo investiga comparativamente as obras Avalovara, de Osman Lins, e 1Q84, de Haruki Murakami, sob a perspectiva de especificidades dos discursos nos dois romances em contraste, buscando identificar traços de tempo e espaço comuns, significativos e relevantes que se estabelecem no terreno da criação e intertextualidade, a fim de, por meio do estudo aprofundado e do desvendamento das questões temporais e espaciais, perceber as diferenças, assim reconhecendo elementos fundantes do território literário dos autores, em suas searas criativas e ideológicas, que obviamente se conectam com todo o entorno – os seus tempos e os seus espaços. Dessa forma, compreendendo as relações quanto à questão temporal, espacial, à geometria, à duplicidade e aos textos, cada qual à sua maneira, localizando traços de similaridade na arquitetura das obras.

Sabe-se que a balança é conhecida na qualidade de símbolo de justiça, da prudência, do equilíbrio porque sua função corresponde à pesagem dos atos. Destarte, assim como as personagens Joana Carolina, da narrativa Retábulo de Santa Joana Carolina e Teresa, do romance O fiel e a pedra, ambos do escritor Osman Lins, há construções fortes da força silenciosa com forte poder de decisão em meio ao tradicionalismo do sertão. Portanto, o presente trabalho propõe uma leitura das mencionadas personagens osmanianas, tendo como base as conjunturas e a maneira de pensar e de sentir o mundo que as rodeia por meio de demonstrações de forças que podem ser lidas por meio do olhar que reflete a experiência. Nos tempo e espaço de Joana e Teresa são expostas suas dores: invisível, visível, trespassável, dura, inimiga que transformam rompantes de iras em atitudes éticas.

Na narrativa Retábulo de Santa Joana Carolina (1966), do escritor pernambucano Osman Lins (1924–1978), a vida da personagem Joana Carolina é apresentada por meio de uma visão aperspectivista, transformando-se em um espaço simbólico fragmentado por ornamentos, formas e poesias. Fundem-se histórias e personagens entrelaçando passado, presente e futuro. Nesse sentido, o conhecimeto aprofundado do texto de Osman Lins foi um dos pontos efetivo para que a tradução de Retábulo de Santa Joana Carolina para o japonês fosse realizada. O aporte teórico acerca da narrativa e da tradução se alicerça em textos de Sandra Nitrini, Walter Benjamim, Umberto Eco, Shuichi Kato, Henri Meschonnic, Haroldo de Campos, Octávio Paz. Além disso, integram-se à investigação largas leituras na fortuna crítica de Osman Lins e teóricos da tradução. Utilizam-se a poética do traduzir e o conceito de ritmo formulados por Henri Meschonnic em diálogos com diversos autores concernentes à poética da tradução. Em um primeiro momento são analisados o percurso inventivo da escritura de “Retábulo”, seus ornamentos e simbologias. No momento seguinte, inicia-se as discussões e o debate entre a teoria da tradução e a tradução do conto de Osman Lins. Portanto, esse artigo faz uma análise do percurso inicial da tradução da narrativa osmaniana. Tal percurso visa a entender a narrativa de Osman Lins no campo analítico, bem como no percurso desdobrado para a tradução em japonês.

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