Na narrativa Retábulo de Santa Joana Carolina (1966), do escritor pernambucano Osman Lins (1924 – 1978), a vida da personagem Joana Carolina é apresentada por meio de uma visão asperspectivista, transformando-se em um espaço simbólico poético e rigorosamente estruturado por ornamentos e estações narrativas. Fundem-se histórias e personagens entrelaçando-se passado, presente e futuro. Nesse sentido, a presente tese abarca a análise de Retábulo de Santa Joana Carolina, enfatizando a função dos ornamentos, o percurso de Osman Lins como divulgador da tradução de sua escritura, bem como aspectos gerais das traduções de Nove, novena em francês, alemão, italiano e inglês. Além disso, refaz, por meio das cartas enviadas por Osman Lins ao Japão, o caminho em busca da tradução japonesa. O aporte teórico acerca da narrativa e da tradução se alicerça em textos de Sandra Nitrini e Henri Meschonnic. Integram-se ainda à investigação largas leituras na fortuna crítica de Osman Lins. Na última parte desta pesquisa, consta também uma análise da tradução de Retábulo de Santa Joana Carolina e os percursos que se fizeram necessários para a compreensão da narrativa em língua japonesa. Portanto, tais caminhos visam a entender a obra de Osman Lins no campo analítico, bem como no percurso desdobrado para a tradução no ocidente e na tradução em japonês.