Textos em periódicos

Autor: Darcy Attanasio T. Ramos

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O escritor Osman Lins, pernambucano de Vitória de Santo Antão, em 1961, fez sua primeira viagem à Europa como bolsista da Alliance Française. Durante sua permanência, além de estudar francês e estar vinculado ao jornal O Estado de S. Paulo, como colaborador, ele traça um plano cultural para explorar inteligentemente o grande acervo cultural que o Velho Continente abriga. Após um período de seis meses, ele retorna ao Brasil completamente envolvido por tudo o que viu e ouviu em suas visitas culturais, e decide compartilhar suas memórias com os leitores. Escreve então Marinheiro de primeira viagem, que vem a público em 1963. O que nos chama a atenção não são somente os relatos da experiência da viagem em fragmentos narrativos curtos e caracterizados por um diálogo entre o real e as obras de arte pictóricas, literárias, filosóficas, ou vinculados a notícias do cotidiano, entre outros recursos, mas um outro aspecto do trabalho: o modo de ligação entre os relatos. A relação entre eles não se estabelece pela linearidade narrativa, mas pela forma circular em que o livro foi inscrito. Além dessa estrutura de alcance mítico, há a referência ao mito de Orfeu, que assume papel estratégico em Marinheiro de primeira viagem, imprimindo-lhe uma poética dominante, em que forma e conteúdo interpenetram-se.

O escritor Osman Lins, pernambucano de Vitória de Santo Antão, em 1961, fez sua primeira viagem à Europa como bolsista da Alliance Française. Durante sua permanência, além de estudar francês e estar vinculado ao jornal O Estado de S. Paulo, como colaborador, ele traça um plano cultural para explorar inteligentemente o grande acervo cultural que o Velho Continente abriga. Após um período de seis meses, ele retorna ao Brasil completamente envolvido por tudo o que viu e ouviu em suas visitas culturais, e decide compartilhar suas memórias com os leitores. Escreve então Marinheiro de primeira viagem, que vem a público em 1963. O que nos chama a atenção não são somente as exposições da experiência da viagem em narrativas curtas e caracterizadas por um diálogo entre o real e as obras de arte pictóricas, literárias, filosóficas, ou vinculadas a notícias do cotidiano, entre outros recursos, mas um outro aspecto do trabalho: o modo de ligação entre os relatos. A relação entre eles não se estabelece pela linearidade narrativa, mas pela forma circular em que o livro foi inscrito. Além dessa estrutura de alcance mítico, há a referência ao mito de Orfeu, que assume papel estratégico em Marinheiro de primeira viagem, imprimindo-lhe uma poética dominante, em que forma e conteúdo interpenetram-se.

Este artigo tem por proposta destacar as formas geométricas que Osman Lins recorre ao elaborar Marinheiro de primeira viagem e Guerra sem testemunhas: o escritor, sua condição e a realidade social. A experiência do autor com a geometria é parte integrante de sua formação desde os primeiros anos de vida. Ao escolher os círculos para se expressar literariamente, ele converte essa linguagem de primeiro grau em metáfora, pela ampliação de sentido que essas referências proporcionam.

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