Textos em periódicos

Autor: Sandra Nitrini

Filtrar por ano

Ordenar por

No âmbito do tema literatura e viagem, enfoca-se o gênero narrativa de viagem na literatura brasileira do século XX, em especial os livros Chao de França, de Ribeiro Couto (1935) e Marinheiro de primeira viagem, de Osman Lins (1963), investigando o que buscam os escritores brasileiros em suas viagens à França e como transformam essa busca em literatura.

O visitante, de Osman Lins, publicado em 1955, anuncia tendências que se acentuam ao longo de sua obra e que se radicalizam nos romances dos anos de 1970, no que diz respeito a sua construção formal e semântica.

Dans les années soixante, l’écrivain Osman Lins va renouveler la littérature de voyage au Brésil en se démarquant d’une tradition ancrée sur la notion de « nostalgie littéraire ». Ses deux récits de voyage, Marinheiro de primeira viagem (1963) et La Paz existe ? (1977) témoignent avant tout de ses engagements littéraires et sociaux, tout en annonçant la poétique fragmentaire de ses livres à venir, largement nourris, par ailleurs, de procédés propres aux arts visuels.

Em Avalovara, Osman Lins rompe as fronteiras entre literatura e pintura: assimila a linguagem da pintura e torna-a estilo em sua "escritura pictural".

São contrapostos os projetos literários e as experiências de viagem vivenciadas por José Costa e Abel, personagens escritores de Budapeste, de Chico Buarque, e Avalovara, de Osman Lins. Paralelo motivado por uma formulação crítica que estabelece relação entre os dois romancistas e fundamentado por uma aglutinação comum dos motivos da viagem, da relação amorosa com mulheres em cidades diferentes e da busca do ato de escrever.

O intertexto canônico de Avalovara concretiza-se neste artigo a partir do diálogo desse romance de osman Lins com A divina comédia, de dante, Werther, de Goethe, Moby Dick, de Melville, e La modification, de Butor. essas obras se unem em torno de uma experiência comum de seus protagonistas: a viagem e a busca de algo inapreensível, motivos nucleares do gênero épico.

Adentrando o rigor da densa prosa poética do romance Avalovara, propomos análise minuciosa da reiteração de um motivo importantíssimo em sua trama: o do pássaro. Trama no sentido de discurso, na tradição dos formalistas russos, e no sentido da trama do tecido, como metáfora da arte de escrever. O percurso amoroso de Abel, o personagem escritor, com cada uma de suas três parceiras liga-se com a explicitação de suas conquistas no ato de escrever e de suas buscas da Cidade Ideal. O pássaro, símbolo da arte de escrever, compõe com menor ou maior frequência as cenas em que atuam Roos, Cecília e a inominada.

Este site não hospeda os textos integrais dos registros bibliográficos aqui referenciados. No entanto, quando disponíveis online em outros websites da Internet, eles podem ser acessados por meio do link “Visualizar/Download”.

;
;