Este trabalho se pauta na análise da obra “Pentágono de Hahn”, que integra a obra “Nove, novena – narrativas”, de Osman Lins. A partir da chegada de um circo a uma cidade interiorana que apresenta, dentre seus espetáculos, a elefanta “Hahn”, cinco personagens expõem suas existências fadadas à brutalidade de um cotidiano “repleto” de vazios e experiências não vividas. O autor, nessa obra, arquiteta uma enredística polifônica que excede em lirismo, acuidade psicológica e catalogação de valores humanos indevassáveis o que a torna um profícuo objeto de estudo aberto às mais amplas incursões em se tratando de produção literária moderna.