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Sobre: O pássaro transparente

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O presente artigo aborda o lugar do volume de narrativas Nove, novena, publicado em 1966, na trajetória literária do escritor Osman Lins (1924-1978), bem como verifica como o tema da escrita é trabalhado em uma das narrativas que o compõem, intitulada “O pássaro transparente”. Para isso, serão utilizados os pressupostos teórico-críticos de Andrade (1987), Nitrini (1987), Barthes (1987, 2004), Barbosa (1996), Paes (1994), Eco (2008), entre outros. Será observado que, no referido conto, a escrita cotidiana é abordada por intermédio da presença de cartas e do jornal. A escrita literária e a arte visual também se fazem presentes, por meio do tema do poeta frustrado, representado na personagem masculina, e da preparação para uma trajetória artística, representada na personagem feminina.

O artigo procura analisar O pássaro transparente, de Osman Lins, conto de abertura do livro Nove, novena (1975) – considerado um marco na obra do autor, por ter dado início a uma fase de intensa experimentação formal. Desde a organização da narrativa – que conta com dois narradores e um enredo tido pela crítica como centrífugo (RIBEIRO, 2016) – às estratégias de ambientação espacial, é possível perceber o caráter metaficcional (WAUGH, 1984) que permeia a obra e aparece intimamente ligado à construção do espaço e das personagens do conto. Tais estratégias são postas de maneira a exigir do leitor operações de ordenamento, transformando-o em um leitor organizador.

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