Textos em periódicos

Revista Topus, 2017, v. 3, n. 1

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Este estudo bibliográfico intenciona revelar os elementos narrativos utilizados pelo escritor brasileiro Osman Lins na tessitura do espaço psicológico de submissão e opressão feminina em “Cadeira de balanço” da obra Os gestos. O conto narra a rotina da personagem Júlia Mariana, diante das tarefas domésticas, as quais representam um desafio à sua condição de gestante. As nuances criadas por Osman Lins representam uma vigília permanente da figura masculina – Augusto (marido) sobre a personagem. O sofrimento, a solidão e o silêncio vividos por ela, apenas são aliviados quando ousa empoderar-se e sentar no objeto representativo de autoridade do marido – a cadeira de balanço. Ali ela relaxa, imagina, ousa, sente-se. Naquele pequeno pedaço de tempo a personagem é capaz de esquecer-se da sua condição de submissão. Com base nos estudos de Agranti (1999), Bachelard (1978), Brandão (2013), Perrot (2005), Dalcastagnè (2015), Lins (1976), dentre outros, esta análise traz alguns apontamentos sobre o empoderamento feminino e revela a condição de submissão e opressão indicada por Osman Lins à sua personagem feminina. O espaço psicológico narrado é pontuado de objetos que vigiam permanentemente a personagem, impondo a resignação e aceitação de sua condição por ter nascido mulher, numa sociedade latino-americana de cultura machista.

O conto Reencontro do escritor Osman Lins apresenta diferentes espaços ao longo da narrativa. Tal categoria tem fundamental importância no texto, de forma que, a partir do momento em que o narrador e Zilda se encontram em um vagão de trem, o lugar mostra-se como elemento essencial para o desenvolvimento dos fatos. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo analisar o espaço e as histórias revividas pelas personagens durante uma curta viagem. Para fundamentar esta pesquisa, fez-se necessário dialogar com estudos realizados por teóricos da área da topoanálise, como Borges Filho (2007), e corroborando a análise e interpretação da ligação entre as memórias e os espaços, também são citados Tuan (1980), Candau (2014), Hall (2005), entre outros. O objetivo é verificar a configuração espacial do conto, bem como a forma com que essas personagens lembram-se dos espaços onde protagonizaram momentos da infância e juventude. Tendo isso em vista, além da configuração do espaço, serão analisadas suas funções, bem como será demonstrado o modo como este se liga com a percepção dos sentidos no conto de Osman Lins.

Este artigo apresenta, na obra O fiel e a pedra, de Osman Lins, os fatores externos do espaço como elementos constitutivos do conflito do personagem Bernardo, cuja condição o leva à busca de uma essência interior que se sobreponha à realidade desagregadora por ele vivenciada em toda sua complexidade. O estudo se baseia nos pressupostos do herói problemático de Lukács (2000) e toma como aporte teórico sobre o espaço, Borges Filho (2007), Bachelard (1989) dentre outros, evidenciando as múltiplas faces espaciais em relação ao sujeito ficcional, inserido nas complicadas relações sociais, alicerçadas nas estruturas hierárquicas de poder.

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