Considerando a evolução da literatura ficcional de Osman Lins, este artigo problematiza a tensão subjetividade versus impessoalidade que permeia sua obra. Parte de um exame da formação do gênero romance no que diz respeito à representação do indivíduo, a fim de abordar a transição da subjetividade psicológica nas formas realistas para uma nova unidade épica do sujeito, tendência observada no romance do século XX, que se volta para o mito e para as estruturas arquetípicas. Essa mesma transição é observada na ficção de Osman Lins. Na sua obra madura, a consciência mítica impessoal do personagem expressa uma vontade de reintegrar eu e cosmo para além das fragmentações modernas.