Teses e dissertações

Universidade Federal de Juiz de Fora

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Esta dissertação pretende versar a respeito da leitura metaficcional do romance A Rainha dos Cárceres da Grécia (2005), do autor pernambucano Osman Lins. Teoricamente, pautamo-nos na descrição de Linda Hutcheon (2013), no livro Narcissistic Narrative: the metafictional paradox, a respeito de como a teoria mimética aristotélica pode ser lida nos romances ditos “contemporâneos” (discussão feita a partir de Agamben (2009)). Sustentamos o argumento de que a ausência, um híbrido entre tudo aquilo que não é representável e todas as suas tentativas de representação, é a motivação essencial de cada um dos narradores que A Rainha dos Cárceres da Grécia possui. Evocamos Henri Lefebvre (1983) para discutir brevemente sobre a teoria das representações; no campo temático, analisamos o caráter melancólico da criação que se pauta na ausência, bem como a angústia daqueles que enfrentam seus labirintos internos (SONTAG, 2017). No plano da estrutura romanesca, buscamos investigar as interpenetrações entre os eixos teórico, temático e estrutural no fenômeno que chamamos de “projeção alegórica”, que ocorre entre os personagens dos diversos níveis narrativos. Para tanto, recorremos à teoria sobre alegoria, presente na Origem do drama trágico alemão, de Walter Benjamin (2016). Buscamos investigar, também, aqueles que podem ser considerados os “mitos fundadores”, porque oferecem amplo material simbólico para a estruturação da verossimilhança de cada um dos níveis intercruzados do romance. Discutimos, especificamente, os mitos que podem ser considerados, segundo Eliade (1986), fundadores da presença de um tempo primevo, bem como trazem consigo o arquétipo da Memória – um dos mitos fundamentais do romance. O outro mito que se buscou analisar é a personagem Ana da Grécia, heroína da saga primordial que acontece nos “Cárceres da Grécia”, e que deriva a saga heroica de todos os outros protagonistas dos diversos níveis do romance.

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