Esta dissertação busca explorar algumas imagens presentes no romance A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman Lins, publicado em 1976. A partir da paisagem arqueológica em Nazca, no Peru, e de alguns trechos de Alice no País das Maravilhas, discutimos questões afins ao exílio, enquanto impossibilidade de definição e expressão do sujeito, na escrita. Passamos por temas como a obscuridade, a marginalidade, a posição do olhar, a desaparição, o paradoxo, entre outros. Como base teórica, recorremos, principalmente, a Jean-Luc Nancy, Michel Foucault, Philippe Lacoue-Labarthe, Maurice Blanchot etc. Nossa leitura percebe no romance o vaivém entre contrários, a permanência de paradoxos e o questionamento do sujeito como coisa inteira, detectando, ainda, a luta de Osman Lins na escrita dos que não têm voz, na visibilidade do escritor brasileiro e na crítica literária como atividade marginal, que demanda investimento de vida, mais do que postura científica.