Embasados em pressupostos da Teoria Literária, propomos uma análise acercas das categorias narrador, focalização e tempo nos contos de Osman Lins "A partida" e "Elegíada". Objetivamos, assim, estabelecer uma separação entre as visões de mundo do eu narrador e do eu narrado, em face do foco autodiegético proposto por Gérard Genette. Para tanto, os métodos empregados foram os da pesquisa bibliográfica no âmbito da Teoria Literária aliada ao raciocínio relacional, o que resultou na perpeção de que o tempo transforma ideológica e psicologicamente, ainda que em proporções distantas, os eus narradores dos contos analisadores. Por fim, observamos que os contos de Osman Lins, por meio da trama arquitetada, chamam o leitor a refletir sobre sua ambivalência, justificada pelo tempo.