Este trabalho parte de uma discussão acerca de aspectos da poética do pós-modernismo presentes no romance brasileiro A Rainha dos Cárceres da Grécia (1976), de Osman Lins. Busco evidenciar o caráter eminentemente metaficcional da narrativa de Osman Lins, com o objetivo de desvelar as tessituras múltiplas da construção do texto, assim como as implicações dessa construção para uma reflexão sobre a condição da literatura, enquanto arte, na pós-modernidade. Lanço mão das formulações de Hutcheon (1991) sobre a poética do pós-modernismo, de Waugh (1984) para uma aproximação da noção de metaficção, e das propostas de Bauman (1998) para uma reflexão sobre o status da arte e do artista na pós-modernidade.