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Autor: Mariângela Alonso

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Este artigo apresenta a reflexão teórica a respeito da narrativa poética ou romance lírico a partir do conto “Os gestos”, de Osman Lins (1924-1978). A narrativa osmaniana funde a técnica da prosa e da poesia para relatar os momentos líricos de revelação tomados pelo personagem André na força deflagradora do silêncio de seu quarto. Por meio da análise apresentada, revelamos a riqueza poética de Osman Lins, investigando a força lírica presente em sua produção inicial, tomando como base as postulações teóricas de Jean-Yves Tadié, Ralph Freedman, George Steiner, Roland Barthes, entre outros.

Este artigo apresenta a reflexão teórica a respeito da narrativa poética ou romance lírico a partir do conto “Os gestos”, da obra homônima de Osman Lins (1924-1978). A narrativa osmaniana funde a técnica da prosa e da poesia para relatar os momentos líricos de revelação tomados pela personagem André na força deflagradora do silêncio de seu quarto. Por meio da análise apresentada, revela-se a riqueza poética de Osman Lins, investigando a força lírica presente em sua produção inicial, tomando como base as postulações teóricas de Jean-Yves Tadié, Ralph Freedman, George Steiner, Roland Barthes, entre outros.

Este artigo investiga a categoria da temporalidade poética no conto O vitral, de Osman Lins (1924-1978). Presente na coletânea Os gestos (1957), a narrativa em questão aborda os instantes líricos de revelação do casal Matilde e Antônio, a partir da decisão de registrar com um retrato a comemoração de vinte anos de casamento. Ao manipular quadros estáticos, o contista flagra a poeticidade do instante ao instaurar momentos de vibração interior dos personagens. Dessa forma, surgem nivelamentos na fatura narrativa que permitem discutir de que maneira o escritor, a partir da moldura temporal, potencializa a matéria literária, criando uma obra essencialmente poética. O paralelismo entre o tempo presente e o tempo da memória apresenta uma duplicidade acentuada pelos contrastes entre o casal: enquanto Matilde revela-se sonhadora e infantil, Antônio surge como realista, ponderado e circunspecto. Assim, este contraponto contamina a fatura narrativa, caracterizando uma temporalidade diferente da linear; subordinada ao espaço e, por sua vez, descontínua. Este procedimento favorece a análise do conto mencionado a partir da teoria de Jean-Yves Tadié (1994) acerca da narrativa poética. Ademais, serão considerados estudos referentes à fortuna crítica de Osman Lins, os quais iluminarão o tema proposto.

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